Belas desculpas . . .

. . . mas ainda não é o bastante.


Gado ?

Li esses dias .... três textos falando sobre triathlon...... falava de história, atualidade e o futuro do triathlon no Brasil
Assuntos relacionados com esse nosso esporte que tem tudo e mais um pouco para crescer.

Mas... não crescer nos preços dos equipamentos, nem das inscrições de eventos, e sim em gente participando de competições.

Um dos textos falava da quantidade de pessoas nas provas nos anos entre de 1984 e 1994 .
Aquilo sim eram provas lotadas! Todo mundo de MTB, ou Caloi 10, tênis ki-chute, sunga, e números pintados no braços e pernas.
Nada de meia de compressão, gel de carboidratos, bike de carbono, e muito menos o famoso "gota".

Não canso de pensar que atletas que faziam Ironmans nos anos de 1980..... é que realmente eram Ironmans.
Pedalar com aquelas "puta" bikes pesadas, sem comer o ideal, sem o "equipamento frescura", correndo com camisetas de algodão, mas fazendo força.
Pensar que caras como Dave Scott ainda faziam tempos absurdos de 8h30 lá no Hawaí dessa maneira.

Muita gente neste novo mundo do triathlon esta realmente mais preocupado em TER, do que SER.

Mas, as pessoas que vivem desta maneira acabam não tendo tanta culpa.

Sim, até que tem sim, mas elas acabam entrando num "vácuo de conforto" proporcionado pelas empresas que dominam nosso esporte, e que desta maneira, ficamos (incluindo eu) sem saída.

Infelizmente, o triathlon no mundo é dominado por empresas, e claro........ empresas visam lucro.

Não dá para acreditar, que o cara que vence o Ironman Hawaí ganha apenas 110 mil dólares.
Chega a ser cômico.
110 mil dólares é bastante dinheiro sim, mas quando temos a referência de premiações de outros esportes, vemos que é mixaria.

O cara que vence o Ironman Hawaí, é "O cara" naquele momento, no ano, em todo o mundo.

Minha opinião é que o atleta que vence o Hawaí é o melhor atleta daquele momento no planeta, comparando TODOS os esportes, pois o triathlon é um esporte completo.

Quem faz Ironman sabe do que estou falando.
O cara primeiro tem que vencer ele mesmo nos treinos árduos durante meses e meses, depois vencer as forças da natureza lá naquela ilha maluca (Big Island) e depois vencer outros adversários do mesmo nível.... o qual é altíssimo.

O cara vence a prova e leva pra casa 110 mil dólares?!?!
É muito pouco comparado com outros esportes.
Muito pouco!!!!

Eu sei que o Macca não venceu o Hawaí de 2010 por causa da grana.
Isso não é o que o impulsiona.

O que o impolsiona, eu não sei, mas tenho certeza que ele leva o triathlon como um princípio.
Muito diferente desses novos triatletas que primeiro compram TODO o equipamento, gastam 10 mil.... para depois fazer a primeira prova.

O Macca já vem lá de trás......... vivendo o triathlon, casado com o triathlon, levando o triathlon como um princípio de vida, e venceu o Hawaí 2010 por que concentrou várias coisas boas durante o ano. E ele ganhou 110 mil dólares apenas.

Isso é ser completamente desvalorizado.

Qualquer campeonato de tênis paga meio milhão para o primeiro.
Qualquer campeonato de golf paga meio milhão para o primeiro.

Por que????

Por que na NBA, no Beisbol, ou futebol americano, os atletas são milionários??

Sem desmerecer outros esportes, pois cada um tem suas dificuldades........... mas vou defender o meu, e dizer que para ser Ironman tem que ter opinião....

... e como tem que ter opinião!!!!

Ser Ironman profissional é muito mais difícil do que ser jogador de golf, tênis ou da NFL profissional.... não só pelo esporte em si, pois tem distâncias absurdas a serem percorridas, mas pela dificuldade de treinar, arrumar local para treinar, tempo para treinar, apoio para treinar, condições de treino, motivação, equipe multidisciplinar, dinheiro, e etc, etc, etc.
É muito mais difícil sem dúvida.

E o cara que vence o principal campeonato no mundo, recebe 110mil dólares.

Desculpa, mas ta errado!!!!!!!!

Sabe por que isso acontece?
Por que - empresas - tomam conta de nosso esporte.

Nos outros, são os próprios atletas.
Associações de ex-atletas, atletas atuais, e futuros atletas.

Atletas juntos...
Atletas unidos...

Posso me gabar de ter começado lá em 1993, quando atletas AINDA eram unidos.
Uns ajudavam os outros, e não era essa palhaçada de um apenas meter o pau no outro pelo facebook, orkut, ou twiter.

Antigamente apenas quem entendia falava.
Hoje todo mundo fala.
Falam e falam, bla-bla-bla pra lá e pra cá, e no final não dizem nada ........... pois não entendem nada.
Falar até papagaio fala.

Vai fazer primeiro.......... depois falar.

Enquanto deixarmos as empresas tomarem conta de nosso esporte, continuaremos limitados a 1500 atletas - numa grande prova -, pagaremos mil reais de inscrição, e ganharemos camiseta tamanho único.
Ficaremos pagando, pagando, pagando, e pagando e o vencedor do IM Hawaí ganhando míseros 110 mil dólares por um feito inigualável.

União de triatletas, associações de triatletas, comunidades de triatletas.... sei lá!!!!!!!
Qualquer que seja esse -nome de coletivo- para triatletas....... é preciso que comecemos algo urgente.

Por quanto tempo ainda seremos a boiada que quer passar para o outro lado da cerca, que tem apenas uma porteira aberta.... sendo que nesta porteira, ainda tem uma pseudo confederação ((que na verdade é uma empreas visando lucro)) controlando o fluxo???????

Somos todos - apenas gado no pasto - ???

treino de ontem... 250km

primeiro 250km do ano... 8h38

O vídeo contém palavrões... não deixe as crianças escutarem....

hehehehehehehehe

Infelizmente não sei editar



calor X frio











Este último final de semana aconteceu uma das provas mais tradicionais do triathlon no mundo, o IM 70.3 Pucón.
Esta competição que começou com uma distância pouco maior que um olímpico, ha alguns anos se fixou como um Meio Ironman, e passou a fazer parte da lista de eventos classificatórios para o Mundial de 70.3.
Pucón fica numa região de montanhas no Chile, e é considerada pela revista Triathlete como umas das provas mais bonitas do mundo.

Paisagem bonita, prova dura com asfalto crespo e muita subida... Mas, sempre com um clima agradável tanto para atletas quanto para o público.

Porem, este ano foi totalmente atípico: chuva, frio, vento... E, a prova foi transformada num Duathlon de 5km-90km-21km!

O relato do Colucci dizia que ele não conseguia fazer coisas simples como uma mudança de marchas no shift, desafivelar o capacete, calçar os tênis... devido ao clima terrivelmente frio!
Coisas simples, se tornaram complicadas...

A maioria dos atletas estava correndo com blusa de frio, por baixo do uniforme de prova, para amenizar a sensação térmica, e possibilidade de hipotermia.
O frio é realmente muito ruim...

Mas ........ o calor também é muito complicado.

O que seria pior?
Fazer um triathlon com calor extremo ou frio extremo ?

Conversando com o Arthur Alvim, cheguei a conclusão que esta prova de Pucón deve ter sido tão sofrida quanto aquela do começo do ano passado no Rodoanel.
O Long Distance Rodoanel ocorreu na situacao oposta: calor infernal!!
O Arthur fez a prova, e falou que o "bicho pegou".

Eu tb estava lá, mas acabei fazendo o short.
Juro que não consegui ficar assistindo o Long até o final de tão quente que estava.
Juro!!
Nao tinha a menor condicao de ficar ali parado devido ao calor e ao sol!!!
Mesmo na sombra a temperatura era brutal e assustadora!
Imagino como foi correr aquela prova, num local sem sobra, em que o asfalto e o concreto refletiam mais ainda o calor e a luz do "astro" poderoso que brilhava em cima da cabeça da galera.

Quem terminou aquela prova foi guerreiro mesmo!

E quem terminou Pucón neste último final de semana, também foi guerreiro pra caramba!

Não dá pra saber o que é pior...

O calor tem suas características, e o frio também tem as suas.

Quando vc está num clima de frio extremo, vc sonha com o calor...
E, quando vc está no calor extremo, tudo o que mais deseja á estar no frio.


Tem atletas qur se dão bem no frio... Outros atletas se dão bem no calor... E ainda tem aqueles "multiuso" ... que se dão bem nos dois ambientes.

Mas nenhum atleta se dá bem no calor ou no frio extremo.

No frio, vc tem o problema de nadar na água gelada.
Nadar é sempre um problema. Além de estar num meio diferente, numa posição diferente, estar nadando com a água de 10 a 15 graus, é um desconforto incrível!
Na bike, o vento.
Se vc não estiver bem agasalhado, vai sofrer o tempo todo com tremedeiras, batendo o queixo!

Triatletas tem o porcentual de gordura corporal baixo, o que significa menor proteção.
O gasto de energia se torna maior, já que além do corpo trabalhar para se aquecer, ainda tem que manter o nível de atividade das funções vitais, e ainda "conciliar" com a força exigida no outro exercício... Se vc não se alimentar direito, vai perder calorias... e , perdendo calorias muito mais do que se repoe, vc vai parar.
As extremidades congelam pois o corpo pára de mandar sangue para estes locais, já que as pontas dos dedos, pés, e nariz não são importantes para a sobrevivência.

Imagino o conflito interno do cérebro em conjunto com o organismo, que tenta lhe parar de todos os jeitos, mas vc insiste em continuar.
Ele não entende se é uma questão de sobrevivência, ou estupidez...

No calor o buraco também fica bem lá em baixo.
Apesar de nadar numa água mais confortável, o calor extremo faz com que tudo esquente.... desde o chão que vc pisa, o capacete, até a água na caramanhola térmica.
Beber água quente faz com que vc desidrate muito mais rápido, deixando o sangue viscoso, e fazendo com que sua pressão interna suba, além das câimbras absurdas!
Podemos ter problemas de queimaduras na pele, insolação, fadiga, e parar no meio do evento com o corpo pedindo arrego... Pedindo para estacionar urgente em cima de uma maca da ambulância.

É perigoso................. muito perigoso, insistir sob um forte calor.

Imagino também o conflito interno: o cérebro mandando informações tentando te parar de todas as maneiras, já que ele não consegue entender o por que da sua insistência em continuar colocando sua vida em risco; e vc tentando controlar a mente para vencer o desafio!

O instinto do corpo humano vai ser sempre te parar quando perceber que isso é demais para o que estamos acostumados e condicionados. Ele vai tentar te parar de várias maneiras... E, por isso, vc precisa estar preparado para dar ao organismo o que ele precisar naquele momento, seja com frio ou com calor extremo...

Não dá pra saber o que é pior... Pelo menos, esta é minha opinião.
Eu, sinceramente, não tenho escolha.

Por isso a ideia é:
Depois de colocar aquela prova "X" como objetivo, deve-se estudar e treinar - além das transições, longos de bike e alimentação - o clima da prova, para tentar simular algo parecido com o local do grande dia.
Isso serve para se condicionar o máximo possível e , também ter a noção do que precisa ser feito para corrigir algo que possa sair do controle - as famosas variaveis incontrolaveis/ adversidades - numa prova como Pucón 2011 ou Long Distance Rodoanel 2010.


Parabéns para os que terminaram estas duas difíceis competições!!!!

Fast Triathlon


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o ciclo

Sempre vi o patrocínio/apoio de uma marca ou empresa para um atleta ou time como algo que não funcionasse.

Eu sei que existem teorias, que existem estudos, que existem estatísticas e gráficos, que mostram que patrocinar um time ou um atleta famoso, faz com que esta marca ou empresa tenha uma exposição maior e, consequentemente, seja mais desejada/comprada que uma marca que não está sendo vista ou lembrada já que não está trabalhando com este tipo de investimento em marketing.

Não sei dizer o quanto é mais caro ou mais barato patrocinar um comercial de uma novela em horário nobre, final de copa do mundo na TV, ou de patrocinar o Rafael Nadal ou o Michael Jordan (em sua época).
Não tenho a menor idéia do que vale mais, ou qual é a melhor estratégia para uma empresa atacar o mercado visando a melhor forma de exposição e obter retorno sobre o investimento realizado.

Apenas tenho como princípio que empresas que dão prioridade ao patrocínio de atletas ao invés de colocar dinheiro em mídias como, por exemplo, um comercial no intervalo de um jogo qualquer, devem ser mais observadas e mais valorizadas.

Empresas que patrocinam ou apoiam atletas conhecidos como o Rafael Nadal, que está na TV em quase toda final de campeonato, em fotos de jornais e revistas com o logo da marca estampado na camisa, já deve ser olhado de forma diferenciada, deve ter maior reconhecimento e, com certeza, ser mais valorizada.....

Agora, empresas que apoiam ou patrocinam atletas desconhecidos então....... devem ser ainda mais observadas e muito mais valorizadas.

Onde quero chegar?

Bom...

Acho que atletas pouco conhecidos no Brasil, ainda mais no Triathlon, não conseguem retornar muito bem os investimentos feitos pelas empresas/marcas neste esporte.

Esses desconhecidos nunca são vistos, nunca são filmados, raramente são fotografados. Estou falando dos profissionais do triathlon como Colucci, Carvalho, Santiago, Carla e companhia. . .

Se os profissionais não conseguem demostrar retorno aos seus patrocinadores... Imaginem os amadores!!

Se os patrocinadores/apoiadores apenas se fixassem na matemática de quanto um atleta "X" retorna sobre o investimento, nunca seríamos patrocinados.

Imagino que este tipo de marketing/patrocínio de atletas menos vistos e menos famosos - não está em atacar o público desconhecido, que nem imagina o que é o triathlon, mas sim os praticantes - e reais consumidores - da modalidade, um público extremamente específico.

Quando o atleta amador vê o Colucci, ou o Carvalho vencendo uma prova andando de Scott ou Merida, passa a desejar uma bike igual deles.

Ou quando vê a Carla correndo de Mizuno e toma a decisão de comprar o tênis igual ao dela.

Simples..... certo?

Só que eu quero ir um pouco mais longe.

O Colucci, a Carla e o Carvalho, ainda saem um pouco fora da curva que estou exemplificando.
Estou falando de atletas no triathlon um pouco menos conhecidos... os que chegam em 4o ou 5o, ou até em 10o, 15o no geral de uma competição, como o IM70.3 Penha, por exemplo.

Esses atletas são menos vistos ainda.

O Ezequiel que ganhou a prova, praticamente não teve exposição alguma de imagem! Suas fotos foram apenas veiculadas em sites e revistas especializados (MundoTri e Trisport). A foto do campeão Santiago nem no jornalzinho de Penha apareceu!!!

Se o Ezequiel não saiu nos jornais.... o Guto Antunes, que foi o 5o, também não saiu... Não preciso nem falar que o Topan, 10o, recebeu o mesmo tipo de reconhecimento...

E olha que, para ter sido 10o no geral naquela prova.... Nossa! Eu diria que foi:
"o extremo do muito difícil!!"
Quem estava lá, sabe o grau de dificuldade....

Como retornar este investimento se não somos vistos??

Como retornar para as empresas que patrocinam o Guto, o Brandão, o Sebastiam Castelano, ou o Chicão?
Mesmo que saiam em algum "veículo de informação" mais conhecido, ainda é pouco... e não seria suficiente para fixar a imagem de uma marca ou logo na cabeça de ninguém.

Então, afirmo que precisamos muito da ajuda das pessoas próximas de cada atleta.

Me refiro aos parentes, amigos, técnicos e até mesmo os outros patrocinadores do próprio atleta.

Como??

Simples:

Compre as marcas que apoiam o seu amigo.

Não é possível.... e para mim é inacreditável, inadmissível que pessoas próximas do Guto Antunes sejam capazes de comprar um tênis de uma marca que não seja NewBalance!

Isso é apenas um exemplo...

O Guto é patrocinado pela NewBalance. Se os amigos do Guto não comprarem NB, quem vai comprar??

Apenas dei um exemplo, ok?? Espero que os amigos do Guto comprem e usem as marcas que o apoiam.

Espero que os parentes e amigos dos atletas comprem, usem e vistam a camisa das marcas que ajudam esses atletas.

A marca acreditou no seu amigo....... e vc não vai acreditar????????

Precisamos dar valor para as empresas que apoiam o esporte, que fazem questão de investir em atletas, conhecidos ou não.

Dar valor para empresas que estão vendo muito mais do que simples cifrões ( $ ) como retorno sobre o investimento no meio esportivo.

Estão ajudando e contribuindo para o crescimento e evolução do esporte.

- - - - - -

Para vc que é parente ou amigo de algum atleta do triathlon:

Compre e use as marcas que apoiam seu amigo.

Eu preciso dizer que, se vc não fizer isso.... Se vc não comprar pelo menos 2, de cada 4 ítens de consumo, das marcas que ajudam seus amigos ......... Me desculpe, mas isso indica que você está pouco se importando com o esporte no Brasil, e muito pior, não está sendo TÃO amigo assim.

Hoje em dia vemos apenas:

Marca -> Consumidor

Precisamos mudar isso.............Precisamos pensar como um CICLO:

Marca -> Atleta -> Marca - Consumidor -> Marca -> Atleta -> Marca




Se vc consome produtos de marcas que apoiam e patrocinam atletas, com certeza, a empresa que está patrocinando cresce, e continua a apoiar e patrocinar atletas, e mais atletas, e o esporte cresce.



Isso é se preocupar com o esporte.

Isso é ser amigo.


Acorda pessoal!!!!

Precisamos de vcs...



- ciro violin -

Feliz ano novo pra todo mundo . . .


Queria desejar um feliz 2011 pra todo mundo . . .

Cuide da saúde . . .
Trabalhe bastante . . .

Faça tudo com Amor, Ética, Desejo, Justiça, Coerência.... que Vc terá PAZ interior, e isso te fará FELIZ.


Grande abraço do Ciro . . . nos vemos por aí....








Obs: Mais provável que me encontrem as 6 da manhã na Anhanguera, pois este ano será pesado.
Obs 2:
A foto é no Hawaí, saindo para a maratona, e quem tirou foi a Fernanda, namorada do Cristiano Solak